sábado, 7 de dezembro de 2013

Nascida à Meia-Noite, de C.C.Hunter


Autor: C. C. Hunter
Série: Acampamento Shadow Falls
Título: Nascida à Meia-Noite
Editora: Jangada
Ano: 2011
Páginas: 315
Título: Original: Born At Midnight
ISBN: 9788564850002
Pontuação: ♥♥♥♥♥ (★)
Sinopse: Kylie Galen está na pior. Seus pais vão se divorciar, seu namorado acaba de romper com ela e uma noite, depois de ser presa por estar na festa errada, com as pessoas erradas e na hora errada, é enviada pela mãe para Shadow Falls – um acampamento para adolescentes problemáticos, localizado numa cidade chamada Fallen, no meio de uma misteriosa floresta. Isso muda sua vida para sempre. Poucas horas depois de chegar, ela descobre, assustada, que seus colegas não são apenas “problemáticos”. Kylie nunca se sentiu normal, mas também não se considera como uma daquelas aberrações paranormais. Ou será que ela é? Em Shadow Falls, vampiros, lobisomens, metamorfos, bruxas e fadas aprendem juntos a desenvolver seus poderes, controlar sua magia e viver no mundo normal. No entanto, as coisas tomam um rumo diferente quando dois carinhas interessantes entram em cena. Derek, um fae que possui poderes mágicos, quer a todo custo ser seu namorado e Lucas, um lobisomem com quem ela partilha um passado secreto. De início, tudo o que Kylie deseja é sair de Shadow Falls e voltar para casa. Porém, com Derek e Lucas ocupando um lugar cativo em seu coração e depois de descobrir que ela própria tem estranhos poderes, talvez sua vida nunca mais volte a ser a mesma...
Nascida à Meia-Noite é o primeiro livro da Saga Acampamento Shadow Falls. O livro é um bom ponto de partida para a história de Kylie Galen, uma adolescente com problemas quase comuns aos 16 anos. Para adiantar e não acharem que estou dando spoilers, o livro começa com uma briga de seus pais e seu pai saindo de casa. Eles estão se divorciando. Sua avó (e um dos maiores amores de sua vida) faleceu, e ela anda vendo o "Soldado Dude", que aparentemente gosta de observá-la e só ela consegue vê-lo. 


Não só isso, como no dia em que seu pai sai de casa, ela decide dormir na casa da melhor amiga Sara e ir em uma festa com ela. Porém, Kylie nunca foi das mais festeiras e para piorar, seu ex namorado chega na festa com uma nova garota. E bem, pra variar, a polícia aparece na festa cheia de menores bêbados e com drogas no local. Sua mãe (que ela chama de Rainha do Gelo e não tem muita intimidade) chega para buscá-la e diz que ela e a analista da garota decidiram que ela iria para um acampamento de verão para jovens problemáticos.

Eu realmente entendo o fato da garota estar pirando: morte da avó, divórcio dos pais, término de um namoro e ir parar na delegacia. Isso e sua mãe a considera problemática. 

ao lado tem os outros livros da série
"close" na espanhola que fica na minha estante
Ao chegar ao acampamento, Kylie se sente completamente deslocada. E depois descobre que Shadow Falls é na verdade um acampamento para adolescentes especiais. Quando digo especiais, digo especiais de verdade. O Acampamento é um local especial para adolescentes sobrenaturais: Vampiros, Lobisomens, Bruxos, Metamorfos, Faes e etc. Todos em busca de descobrir seus dons e, sobretudo, suas identidades. O local é coordenado de maneira em que as várias espécies convivam em harmonia e também trabalhem em equipe.

O único problema é que Kylie não sabe a qual espécie pertence. Cada espécie (inclusive humanos) possui um padrão mental, e o da adolescente é completamente fechado. Um enigma.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas levando em consideração a visão de Kylie e sua perspectiva desse mundo novo e misterioso. O livro tem uma narrativa lenta típica de início de sagas: detalhamento dos ambientes e personagens que farão parte dos 5 livros.


Os personagens são bem construídos e passei a amar e odiar alguns deles. Principalmente ao longo da série. Suas colegas de quarto Della (vampira) e Miranda (bruxa) são cativantes, assim como a líder do acampamento: Hollyday, uma fae. A diagramação do livro é boa: as margens laterais são boas, e não é preciso abrir muito o livro para conseguir ler. Eu achei a margem superior muito fina, mas nada que atrapalhe a leitura. O tamanho da letra é bom e junto com os capítulos curtos, faz com que a leitura flua rapidamente.

Acho a capa desse livro linda, adoro o brilho que ela tem e considero-a uma das mais bonitas da minha estante (e da própria coleção). A editora manteve os padrões da capa original, e foi bem acertado.



Como eu adoro ficção e toda essa coisa sobrenatural, adorei a dinâmica de C.C.Hunter ao fazer um mundo dentro de um acampamento. Kylie às vezes me irritou com a sua insegurança, mas acho que é porque muitas vezes me identifiquei.

O livro trata questões como superação, amizade, descoberta, sexo e amor. Bem típico, bem fácil de ler e muito tranquilo. O livro termina com a resolução de alguns problemas, mas muitas perguntas ficam sem resposta. É um dos meus preferidos do gênero (esse que envolve sobrenaturais), junto com os livros da Cassandra Clare. Recomento a leitura, principalmente se procura algo rápido e tranquilo, sem ter de quebrar a cabeça (acreditem, não vale a pena).

Alguém já leu? O que acharam? Ficaram com vontade de ler? Espero que tenham gostado. Podem pedir resenhas, e me acompanhem pelo Skoob, sempre atualizo os livros que tenho, desejo e já li! 

Um beijo da mineira.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Namore uma garota que lê!

Antes, gostaria de dizer que esse texto não foi escrito por mim. É um texto que eu li no tumblr a um tempo e gosto muito, então decidi compartilhar com vocês. Os créditos estão no final.

"Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.


Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.Compre para ela outra xícara de café.  Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.  É que ela tem que arriscar, de alguma forma.


Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.

Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas  garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim.  E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até  porque, são mesmo.

Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que  pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe  monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve."

Tradução e adaptação – Gabriela Ventura
Fotos da internet

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Incontestável

"Não esqueça das promessas, das juras de amor. Não esqueça de tudo que prometi. Meu amor é eterno, assim como espero que seja o seu. Mas tem um porém, é que também sinto paixão. A paixão que me invade, me faz sofrer e precisar de você; esta também que me deixa mais contente com a sua presença. O amor alimenta minha alegria de te ver feliz, seja com quem ou onde for. A paixão tenta saciar minha necessidade de você e meu egoismo de te querer só pra mim. Seu amor é maior que sua paixão. Você possuí essa sorte. Mas eu gosto de alimentar minha paixão também, porque você me faz bem. Mas muitas vezes, a paixão é que faz doer, machuca por dentro, faz partir o coração com qualquer ato insano ou simplesmente diferente. E isso, não é possível controlar nem explicar. Como explicar um ciúme que nem eu mesma sei de onde vem e qual o fundamento? E também, como explicar esse amor que cresce cada dia? E essa paixão, que congratula meu ego de querer ser a única que te faz feliz? E essa dor, essa inveja daqueles que também lhe fazem sorrir. Daqueles que te veem mais do que eu, que conversam mais com você. Desculpa meu Amor. Eu quero você mais próximo que nunca. Quero saciar meu amor e minha paixão. Quero te fazer bem e me fazer bem também. Quero poder dizer olhando em seus olhos, de preferência todos os dias, o quanto te quero, e te amo. Não quero uma distância entre nós, seja ela qual for, do tipo que for. Não quero que os sentimentos nos distanciem ou até a falta deles. Quero que saiba que tento todos os dias ser o melhor de mim, por mim e por nós. E não vai ser qualquer obstáculo que vai me parar, e creio que pensa o mesmo. As dificuldades não nos impedem de ser feliz, lembre-se sempre disso!"


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sobre Preconceitos Literários

Já vi inúmeros artigos na internet e já ouvi algumas vezes coisas do tipo "Leitor bom não lê bestseller", "Quem não lê clássico não sabe ler" e outros diversos comentários do gênero. E muitas vezes fiquei chateada com isso. Simplesmente pelo fato de que me senti rebaixada. Eu, que sempre amei ler, não era considerada uma leitora de verdade, e até mesmo uma pessoa burra. Como alguém encara isso numa boa?

Decidi pesquisar e também formar minha opinião. Primeiramente gostaria de explicar sobre minhas leituras: sou uma jovem de 17 anos que nunca se interessou muito em algumas literaturas clássicas. Além disso, a maioria dos livros que eu compro é porque estão em promoção, principalmente em sites, e isso muitas vezes me direciona aos criticados bestsellers. 

Vamos por partes. A maioria dos livros da minha linda estante são de coleções, e essas coleções estão na lista dos mais vendidos. São gêneros pelos quais eu criei um gosto enorme, ficção e aventura. Sim, eu sei que a história acaba sempre sendo a mesma, mas e daí? Eu me divirto lendo, aprendo lendo, passo meu tempo lendo e me apaixono cada vez mais por literatura. Sou menos inteligente ou menos valorizada do que aquela pessoa que lê Íliada? Não. Agora, tenho que admitir que morro de vontade de ler alguns clássicos: Dom Quixote, A Divina Comédia, Hamlet, Dom Casmurro, entre outros. Não li ainda porque não procurei eles em sites e livrarias para comprar, e os que achei por acaso não me agradaram as capas (sou conquistada por capas, amo capas bonitas e amo capas bonitas na minha estante) e também existem muitos livros do gênero YA (young adult, jovem adulto na tradução literal) na minha estante e lista de compras.

O gênero YA é muito criticados por aqueles que se dizem "experts em literatura", por possuírem uma narrativa mais ágil e descontraída. Não possuem uma escrita mais pesada e formal, normalmente a história é ambientada no século XXI e possuem os mesmos dramas: um vilão, um casal ou triângulo amoroso e um grupo de amigos. Mas só porque esses livros não necessitam que leiamos as entrelinhas significa que não formam bons leitores? Também não. Harry Potter por exemplo, alguns consideram um clássico, outros consideram apenas um bestseller feito para vender. Eu sou fã e suspeita para falar. Acho que a Rowling foi simplesmente genial no mundo que ela criou. Além disso, foi graças aos seus livros e ao querido bruxinho que muita gente da minha idade criou gosto pela leitura. Assim como fez Rick Riordan, muito criticado pela escrita fácil e as piadas do seu personagem mais famoso: Percy Jackson. Quantos amigos meus, e até mais velhos que eu, começaram a gostar de ler por conta dessa "leitura fácil" e hoje procuram livros mais complexos, como os do George Martin (que por outro lado, por alguns chatos por aí, pode ser considerado um escritor ruim porque seus livros se tornaram bestsellers depois do lançamento e sucesso da série da HBO)?

Minha estante linda, colorida e cheia dos bestsellers criticados.
É fato que existem os livros que realmente acrescentam algo na vida da pessoa e os que apenas introduzem a leitura e o entretenimento. Eu leio para me divertir e descansar a mente. Vida de estudante não é fácil galera. Acho que eu já tenho de estudar tanta literatura que não me interessa e tantas outras coisas, que ler livros mais descontraídos é a melhor coisa que faço. Por esses e outros motivos, acho que busco mais os livros mais leves e clichês. Amo uma luta com demônios e algumas coisas fora da realidade pra poder me desvencilhar dessa loucura do "hoje em dia"

E o que dizer dos clássicos literários que estão sendo desmerecidos por muitos críticos, por estarem conquistando a massa popular? Livros como "O Morro dos Ventos Uivantes" e "O Retrato de Dorian Gray" que possuem um grande apego, além de serem as únicas publicações de seus autores. Não posso opinar muito bem sobre as histórias, já que deixei "O Morro dos Ventos Uivantes" de lado por ser uma leitura mais massante e ainda não ter nem encontrado um "O Retrato de Dorian Gray". Ah sim, não podemos esquecer que o preconceito também existe, porque os livros que tornaram-se filmes não possuem "valor literário". Mas pera aí, então O Morro dos Ventos Uivantes, O Retrato de Dorian Gray, O Grande Gatsby, Romeu e Julieta, Orgulho e Preconceito e outros grandes títulos são menos clássicos por terem sido bilheterias de sucesso (ou quase isso)? Ou até menos renomados? E até, não seriam eles que definiriam os leitores sábios, diferenciando-os dos burros que leem apenas bestsellers?

Na verdade mesmo, eu acho que falta bastante informação e falta também livro pra ler. Para mim, pessoas que leem tanto deviam ter a mente mais aberta, mas decidiram formar um certo elitismo literário. É do ser humano ter preconceito, mas o certo mesmo é ter o pré-conceito, da etimologia original da palavra: um juízo prévio, antes de conhecer. Julgamos livros pela capa: se é bonita a história deve ser boa, se é feia, provavelmente não tem um conteúdo inspirador. Julgamos pessoas pelo que vimos sem conhecer. Julgamos pela roupa, pela voz e ações que nem sempre são o que achamos. Mas na boa, falar que uma pessoa é mais ou menos inteligente pelo estilo de livro que ela lê? Ah faça-me o favor. Só porque eu não tô muito afim de ler Primo Basílio e quero ler Instrumentos Mortais eu sou pior que alguém? Melhor ou pior depende do ponto de vista. E na verdade o que vale mesmo é que a pessoa está lendo, está se interessando. Um leitor de primeira viagem muitas vezes pode não ter paciência para Ulisses, e decide ler Percy Jackson, mas o que garante que ele nunca vá ler Ulisses só porque quis ler Percy Jackson?

Vamos parar com isso. Já tem tanta coisa complicada e tanto preconceito complicado por aí., porque a gente vai discriminar alguém que está lendo? Literatura tem que fazer parte da vida de todos, seja por meio de clássicos, biografias, textos históricos, eróticos ou de auto-ajuda. Desde que sejam gramaticalmente corretos, que leiam. Não sou fã de todos os tipos de escritas. Aliás, muitas delas tenho até preguiça de me aventurar. Mas não me acho melhor que a minha amiga que é fã de Crepúsculo simplesmente por ter As Crônicas de Gelo e Fogo na minha estante (ta na fila de leitura).

Olha só, gostaria de dizer também que o Brasil ta recheado de autores ótimos, inclusive autores novos, como a Thalita Rebouças e a Paula Pimenta, que escrevem livros YA e são ótimas no que fazem. EU não possuo muitos livros nacionais e me arrependo por isso. Também não possuo muitos clássicos, e livros únicos. Leio muitas coleções e sagas e estou querendo mudar isso, porque sei que é importante expandir meus horizontes e conhecimentos. Portanto, qualquer indicação de livros assim ou até se por acaso quiserem me enviar um livro de presente natal ta chegando ai em, entre em contato pelos comentários, pelo e-mail e redes sociais do blog, ou até as pessoais.

Aguardo o retorno de vocês e o que acharam da "matéria".

Um beijo da mineira!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Resenha: Olho por Olho


Autor: Jenny Han e Siobhan Vivian
Título: Olho por Olho
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 320
Título original: Burn for Burn
ISBN: 9788581632780
Pontuação: ♥♥♥♥
Sinopse: Alguma vez você já quis realmente se vingar de alguém que a ofendeu? Talvez uma ex-amiga que a apunhalou pelas costas, ou um namorado traidor, ou um estúpido da escola que a humilhou desde que você era pequena... Alguma vez você já sonhou em envergonhá-lo na frente de todos? E, então, alguma vez você se uniu com outras duas pessoas para criar um elaborado esquema de destruição e revanche? A maior parte de nós não pode dizer que sim a todas essas perguntas (felizmente). Mas, certamente, todos nós somos capazes de nos identificar com muitos dos sentimentos de Kat, Lillia e Mary em Olho por Olho... No entanto, de um exercício de malícia, de uma simples brincadeira adolescente, o jogo do aqui se faz, aqui se paga poderá assumir proporções trágicas, em que até mesmo as leis da natureza vão se dispor, misteriosamente, a acalmar os corações ofendidos.
Primeiro quero falar que decidi mudar a estrutura das resenhas e torná-las um pouco mais pessoal. Vi essa estrutura de resenha no Series of Serendipity e em outros blogs. Acho que colocando fotos dos meus livros, e falando sobre o que eu acho de forma mais pessoal, fica mais divertido e dinâmico e com mais cara de blog! As fotos foram tiradas pela minha amiga linda Marina Di Monda e sem mais delongas, leia a resenha a seguir (curtindo umas fotos).



Olho por Olho conta a história de três garotas: Kate, Mary e Lillia. As três vivem na Ilha Jar, e a história se passa na ilha e na escola delas. Aparentemente elas não possuem nada em comum, além de serem de "grupinhos" diferentes. Porém, as três procuram vingança. 

Kate teve uma infância feliz, mas perdeu a mãe cedo, afastando-se dos seus amigos. Sua melhor amiga era Rennie, mas com o tempo foi trocada por Lillia nesse posto. Desde então, sofre bullying e é humilhada na escola. Lillia é rica, popular, líder de torcida e melhor amiga de Rennie (também popular e líder de torcida, só não é rica). Sua irmã mais nova completa 16 anos e vai para o colegial, dessa forma, Lillia quer protegê-la. Mary morava na ilha, mas estudava no continente. Era uma garota feliz, até que um garoto mudou-se para sua escola (também morador da ilha), que fez com que ela sofresse bullying, fosse humilhada e deixa-se a escola. Agora, um tempo depois, Mary retorna para a ilha buscando vingança. Com isso, as três, anonimamente, vão dar o troco em quem as fez sofrer


"Ninguém pode jamais saber o que vamos fazer. O que fizermos juntas viverá e morrerá conosco. E, se vamos mesmo fazer isso, ninguém pode desistir na metade do caminho. Se for para entrar, é para ir até o fim. Até nós três conseguirmos o que queremos. Senão, bem... você pode se considerar a caça."


Cada capítulo é narrado por uma personagem. Eu adoro essa estrutura de livro, porque a leitura fica mais dinâmica e pessoal, e faz com que eu tome mais afeição pelos personagens. As páginas são levemente amareladas, as letras são grandes e as margens são ótimas. Além de algumas notas de rodapé do tradutor, explicando alguns termos pouco comuns no Brasil, que facilita o entendimento.

Ganhei esse livro de aniversário e não esperava muito dele. Confesso que foi melhor do que eu esperava e foi uma leitura bem rápida. Ah sim, os capítulos também não são grandes, ficando ainda mais legal, sabe "só mais um capítulo!"


O final é diferente do que eu imaginava, e para a minha tristeza é uma trilogia. O segundo livro parece que será lançado ainda esse ano e vou morrer de curiosidade até lá. O terceiro ainda não foi lançado nem nos EUA. Acho que Kate e Lillia deviam ter sido mais bem exploradas, e seus sofrimentos melhor explicados. A história de Mary foi contada e é bem comovente. Eu senti pena de Kate, apesar do pouco que falou sobre seu sofrimento, mas até agora não entendi o texto da orelha do livro que fala sobre Lillia. Talvez tenha passado despercebido, mas creio que as autoras deixaram para explicar no segundo livro (Dente por Dente).


"Garotas crescidas não choram... elas acertam as contas."


A capa do livro é linda também e mostra Kate, Mary e Lillia (nessa ordem, a ordem da capa). Eu imaginei Mary e Lillia diferentes, mas acho que as garotas da foto representaram bem. Me diverti bastante na leitura, e também ri bastante. Fiquei bem desesperada no final do livro, e realmente chateada de ter de esperar o próximo. Não é o melhor livro que eu já li, mas a editora está de parabéns por trazê-lo para a nossa língua. É uma trama de bullying, amizade, colegial, sexo, amor, e tudo isso que a gente vê em textos adolescentes do hemisfério Norte. Clichê, não fosse pela parte das vinganças. Eu realmente nunca esperei uma narrativa dessa forma.


Alguém já leu? O que acharam? Ficaram com vontade de ler? Assim que adquirir o próximo volume faço a resenha. Espero que tenham gostado. Podem pedir resenhas, e me acompanhem pelo Skoob, sempre atualizo os livros que tenho, desejo e já li! 

Um beijo da mineira.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Gravação de Lucas

- Alô? 
- Oi Matheus. 
- Ah sim, oi Lucas. O que você quer agora às… Porra! 2h57 da madrugada?! 
- Só conversar, você me escuta? 
- Eu tenho escolha? Calma, você tá bêbado cara? 
- Você fala como se fosse alguma novidade. Eu realmente não me lembro de ter ficado mais de dois dias sóbrio, nos últimos quatro meses. 
- Então, é ela, de novo? 
- Exato. É ela cara, que vem e volta no meu pensamento, é ela com aquele sorriso de criança. Ela com aquela voz doce, cantando músicas de todos os tipos. Aquela voz… Como me encanta. E como eu tenho saudade de ouvi-la dizendo meu nome, da forma como só ela consegue fazê-lo. E a risada? Uma risada alta, clara e contagiante. As mãos, passando pelo meu rosto e minha barba mal feita que ela sempre reclamava. Suas mãos macias passando pelo meu corpo e me fazendo dormir. Saudade dela, de tudo dela, do jeito dela. Dela. Ela. Minha. Alice.(Suspiro) Ainda está ai? 
- Tem como não estar? Acompanho a história de vocês a anos. Eu ajudei lembra? Agora continua falando que é melhor pra você, e eu aproveito e tento pegar no sono. 
- Eu te dou sono? É isso? 
- Lucas? 
- Não, sério, não estou bravo. Foi mal cara, boa noite. Eu vou continuar falando. Vou pegar o meu antigo gravador. Tem umas fitas dela por aqui sabia? Mas boa noite. 
- Então ok… Boa noite. Só não faça nenhuma besteira. 
- Vou tentar.
Fim da ligação.



"Bem, oi? Aqui quem está falando é o Lucas. São 3h41 da madrugada e eu estou com uma garrafa de Jack Daniel’s em uma mão e um gravador velho, de 1962 em outra. Estava no telefone com o Matheus, mas está tarde de mais, ou cedo, para continuar importunando-o. Estou aqui, olhando para a janela desse maldito loft de 50m² que eu tive de alugar, depois de sair da minha antiga casa. Porque eu sai? Porque sou um inútil por completo, orgulhoso e mau caráter que tem medo de pedir desculpas para a mulher que ama. Alice. Minha pequena Alice. Onde é que a gente foi parar? Eu por aqui, bebendo, indo a festas e bares fingindo que irei achar você em qualquer uma das outras mulheres que encontre. Estúpido. Sei que você também sente a minha falta, mas não lhe imagino na mesma situação que eu. Você, com tanta compostura. Não é fácil conseguir imaginá-la bebendo sozinha, na sala da nossa casa. É fácil imaginá-la sorridente, mesmo que com outro cara. 

Sorridente… Seu sorriso… Seu olhar… Não, outro cara não. Você é minha. É minha desde que te conheci, desde quando era um pirralho e não sabia o que era amor. Desde quando fiquei com mulheres erradas e lhe ajudei a estar com outros caras. Desde quando lhe dei aquele beijo depois de vê-la chorando por Rose e Jack em TITANIC. Seus lábios macios e seu beijo profundo. Só você conseguiu me tirar o fôlego em qualquer beijo, não só em beijos. 

Lembra-se quando decidimos ano passado, pegar uma mochila e dinheiro e partir para a Europa? 19 anos, férias em ambas as faculdades, folga no trabalho. Eu, você, duas mochilas e um cartão de crédito. Documentos, passagens à mão e nenhum destino. Veneza foi espetacular, conseguimos ficar naquela pousada que você dizia ser “sutil” bem perto da Ponte dos Suspiros. Em seguida Paris, Berlin e Roma. Foram 15 dias sem direção, com direito a risadas e aventuras. Em seguida, voltamos para o Brasil e revelamos nossas fotos. E é claro que você se lembra das fotos. Pergunto-me se você mexeu nelas. Naquele painel que fizemos no nosso quarto, com mais de 600 fotos da nossa viagem maravilhosa. 

Espera um minuto que eu vou ligar o rádio. Pronto. Acho que dá pra ouvir por ai, na gravação? Escute. “Bury all your secrets in my skin, come away with innocence, and leave me with my sins…” Não estou ouvindo a rádio em si, mas o som ligou bem naquele CD que gravamos juntos, com 150 músicas, dois meses antes de eu sair. O escuto toda semana. Aliás, sempre que estou consciente o suficiente de minhas ações para prestar atenção nas músicas. Ah sim, estou bebendo agora, ou estou bêbado. Mas estou daquele jeito que você conhece, do jeito que ficava quando fazíamos nossa sessão pipoca: bêbado o suficiente para ficar feliz, e sóbrio o suficiente para ter noção do que estou fazendo. E então eu me pergunto “porque estou fazendo essa gravação?”, e a resposta é óbvia: ESTOU COM SAUDADES. Mas provavelmente você nunca chegue a escutar essa fita. Ou talvez eu envie-a pelo correio. Ou coloque na porta do nosso apartamento quando você estiver no trabalho. Ou entrego para o João, o porteiro do meu escritório. (Sei que você já conversou com ele pelo menos duas vezes, mas não foi ele que me contou, tive sorte o suficiente de estar na janela para poder te ver). 

Acho que você também sente a minha falta. E eu te amo. Muito. Sempre amei, desde quando entendi o que era amor. Por isso eu sai de casa, porque eu te fiz mal o suficiente para me sentir a pior pessoa do universo. Por isso eu não consigo imaginá-la triste e desejo somente a sua felicidade, seja com quem for. Mas eu sou egoísta, sempre fui e assumo e desejo ser o causador de sua felicidade, de seus anseios, de suas vontades. Desejo colocar-lhe sorrisos no rosto, e fazer escorrerem lágrimas de alegria e risadas em tua face. Agora está tocando Capital, aquela música que ouvimos depois da primeira vez, aos 17 e ela era praticamente inédita… “Me leve para sua casa, eu quero dormir onde você mora.” Irônico não acha? Tal letra, em tal momento. Agora eu estou chorando. Porra, como eu odeio chorar. Sinto-me mais frágil. Na verdade não, minto, chorando eu demonstro todos os meus medos e fraquezas. 

Alice, minha doce e pequena Alice. Você me perdoa e me permite dizer-lhe que te amo mais uma vez? E eu cito aqui, de mãos atadas e uma garrafa vazia, eu, Lucas, profiro minhas palavras e meu sentimento, declaro-te meu perdão, palavras de Capital transformadas em verdade: Agora, pra sempre, foi embora mas eu nunca disse adeus." (Barulho de garrafa quebrando) .

Fim da gravação.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sagas Literárias

Olá leitores! Hoje decidi falar de sagas literárias.

Bem, primeiramente gostaria de dizer que sou apaixonada por sagas, sendo assim, sou shadowhunter, semideusa, estudante de Hogwarts e não sou tributo por motivos óbvios (por exemplo, gostar de viver). Além de ser fã de várias outras coleções que não posso me adentrar totalmente no enredo tão fácil assim.

Quem não conhece as sagas, não deve ter entendido muita coisa. Pois bem, deixem-me explicar: sagas literárias são o que nós chamamos também de Coleções de Livros, ou seja, quando um autor cria uma história com continuação. Os livros de sagas normalmente nos tornam mais apegados aos personagens e ao enredo e para muitos leitores (assim como eu), é como se fizéssemos parte da história, como se estivéssemos lado a lado do personagem principal, ou tentando dar concelhos pro triângulo amoroso.

Ok, mas de maneira mais específica: quais as coleções que eu já li e quero ler, e quais mais gosto.


A Mediadora, de Meg Cabot
Posso dizer que é uma das coleções que eu mais amo. A história gira em torno de Susannah, que vê fantasmas. Mas a coisa toda não é tão simples assim. Ela bate muito em muita gente, e claro, tem problemas no amor. Eu gosto porque a Meg escreve super bem, gosto porque Susannah é bem construída e nada boba e gosto porque os 6 livros da coleção são fáceis e super gostosos de ler!



domingo, 24 de novembro de 2013

Resenha: Desastre, de S. G. Browne


Autor: S. G. Browne
Título: Desastre
Editora: Leya
Ano: 2010
Páginas: 272
Título original: Fated
ISBN: 978-85-8044-028-7
Pontuação: ♥♥
Sinopse: Regra Nº1: Não se envolva com humanos. Num mundo onde os sentimentos, caminhos e valores dos seres humanos são comandados por entidades superiores, o destino pode ser traiçoeiro. Conheça Fado, um imortal que designa sinas aos homens, mora num apartamento de luxo em Nova York e veste uma atraente roupa humana. Solidário com seus clientes e apaixonado por uma vizinha, passa a burlar suas tarefas, alterar destinos e bagunçar as coisas no reino dos Céus. Com um texto leve, hilário e muito atual, Desastre vai fazer você repensar suas escolhas, acreditar no poder do amor, e descobrir que até a Morte não é assim tão má pessoa.
Desastre é o segundo livro do jovem escritor americano S.G. Browne e o único lançado no Brasil. O escritor de uma maneira leve e descontraída nos faz pensar em uma mitologia diferente sobre os sentimentos, sinas, carma e até mesmo os pecados capitais.

A história é narrada por Fado, um ser imortal que na Terra atende pelo nome de Fábio. Ele determina a sina da maioria dos humanos, e tem uma relação conturbada com Destino. Mas no caso de Destino, os humanos em sua trilha estão "marcados" para algo grandioso, já os fadados a seguir "Fábio" terão vidas medíocres ou serão aqueles que torcemos para irem para a cadeia.

Fado está a alguns milhões de anos por aí, vagando entre os seres humanos em sua própria vestimenta humana, portanto acompanhou todos os erros e acertos dos mesmos. Não é de se estranhar que não está muito contente e faz o seu trabalho sem nenhuma motivação. Até que uma mulher (humana) aparece em seu caminho, e mexe com os seus sentimentos e ele simplesmente não consegue trabalhar apenas por trabalhar, e começa a se envolver, principalmente por essa misteriosa mulher. E as coisas começam a complicar.
"O amor não é uma escolha, é um desastre."
Desastre é um livro que me encantou por sua temática inusitada. Acompanhar Fábio em sua vida (talvez nem tanto) tediosa tornou-se muito divertido. Seu encontro com Sara torna tudo ainda mais complicado, pois a regra número um é não se envolver com humanos, mas o que acontece é que ele se envolve "até o pescoço." E é também a partir de Fado que Browne aponta e critica os seres humanos de uma visão externa, deixando uma pontada de dúvida sobre o que realmente estamos fazendo e se estamos no caminho de Fado ou de Destino.

Existem outros personagens cativantes. Como Dennis, um simpático amigo de Fábio que tem necrofilia e que é conhecido por nós, meros mortais, como Morte. E outros imortais como os pecados capitais, as virtudes cardiais, os sentimentos e até Deus. Aliás, Deus se chama Jerry. Tudo no mundo de S.G. Browne é muito bem construído e narrado por Fábio.

Gostaria de ressaltar que o livro pode ser inapropriado para algumas idades, pois contém algumas cenas de sexo entre Fábio e Sara. Não são o foco principal da narrativa, mas existem para ressaltar o relacionamento íntimo e proibido que criaram. O final do livro, para muitos pode ser decepcionante. Eu o considero surpreendente e me agradou. Não completamente, mas agradou.

Esteticamente o livro pode deixar a desejar. As letras não são muito grandes e a edição é de páginas brancas. Porém a capa é maravilhosa e a leitura é fácil, com capítulos pequenos, tornando fácil de ignorar as páginas brancas. Não é um livro caro, e por ser pouco conhecido, é muito fácil de achá-lo em promoção.

Por fim, é uma leitura fácil, rápida e envolvente. É uma ficção inesperada e eu fiquei cada vez mais curiosa pra saber como cada imortal era. Recomendo para quem gosta de livros desse estilo e para quem quer variar a leitura habitual.

Um beijo da mineira.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A Carta de Alice

Ei Lucas estava pensando em você sabia? Também não é para menos, você não sai da minha cabeça desde o dia em que entrou. Mas bem, estava me lembrando da primeira vez que nos vimos, lembra-se? Eu me lembro bem. Éramos apenas duas crianças, é verdade, com nossos 10, 11 anos, mas a vida era mais fácil. Conhecemo-nos no primeiro dia de aula. Matheus nos apresentou, porque era um amigo nosso em comum e você era novato na escola, conhecia apenas Matheus. Rimos juntos e fizemos amizade logo de cara. Lembra-se? Os anos se passaram e com 13 eu me apaixonei por um garoto (cujo nome nem me recordo mais) e você pela minha melhor amiga da época, Luisa. Era um ajudando o outro a realizar os desejos amorosos da idade. Teve a festa do Matheus, cada um acabou beijando o seu tão desejado par. No dia seguinte a gente se encontrou e rimos de toda a situação, você dizia que o beijo tinha sido completamente estranho e não o que você imaginava, e eu que o garoto foi um babaca e não tinha sentido nada de especial na hora (Aliás, Luisa se mudou para o Panamá um mês depois, e nunca mais nos falamos). Rimos durante o resto da tarde. Cara, eu me impressiono com o tanto de segredos que já trocamos. 14, 15 anos… Eu me interessando pelos caras errados e ignorando seus alertas, você com as garotas mais “pra frente” e eu lhe dizendo que era errado… Foi assim… Até quando saímos juntos, com 16 anos. Foi estranho. Isso eu sei que você lembra bem (contamos essa história três meses atrás).

Você me chamou para ir ao cinema, eu já não sabia o que sentia por você, mas fingia que não sentia nada. Pelo jeito, você fazia o mesmo, mas tomou uma atitude. Conversa vai, conversa vem, fomos ao cinema. Aqueles cinemas antigos, que passam filmes antigos pro público, sabe? Assistimos TITANIC. No final do filme, que eu estava aos prantos em teus braços, fora do cinema, você levantou meu rosto e me beijou com ternura. Eu, claro, retribuí. Foi o melhor primeiro beijo de nossas vidas. Primeira sensação gostosa. Primeiras borboletas. Primeiro carinho. Primeiro sentimento. Tudo com você. Depois disso, continuei em teus braços, sorrindo. Você chamou um taxi e se despediu de mim, me deixando na porta de casa com um sorriso enorme no rosto. Como eu amo nossa história.

Bem, desde então, nunca mais parei de pensar em você. Já pensava antes, claro. Mas desde aquele beijo, você se tornou vital. Ficamos mais algumas vezes e você me pediu em namoro. Foram quatro anos juntos. Depois de um ano de namoro, ambos descobrimos que não éramos mais virgens. Aliás, não é pra menos. Os dois já tinham namorado. Mas sei que você, assim como eu, considera nossa primeira vez, A primeira vez. Foi perfeito. Nos 17 anos. No auge, no romance e no impulso. Eu te amo. Porra. Porque eu ainda te amo? Eu sei por quê. Porque você sempre me fez bem, porque sempre me escutou, sempre me ajudou e sempre esteve do meu lado. Sempre foi meu companheiro, desde caídas de bicicletas até traições nos meus 15 anos. E agora, estamos assim, não é mesmo? Chega a ser trágico.

Espere um minuto, vou abrir uma garrafa de vodka. Lembrar de você, escrever pra você, pensar em você me faz bem. Até certo ponto. Pronto, voltei. Agora estou eu aqui, chorando, sentada na sala onde costumávamos rir vendo filmes de terror. Ou dormir abraçados. Ou você tocava alguma musica para mim, enquanto eu tentava cantar e fingia que acreditava quando dizia que a minha era a mais bela das vozes. Éramos felizes! Porque fizemos isso? Eu sinto sua falta. Espero que também sinta a minha. Beijos, abraços, cafunés, carinhos. Era tudo perfeito entre nós. Nossas noites também eram perfeitas. Sempre ríamos no final de tudo, recorda-se? Conseguíamos rir até de nossas brigas.

Menos dessa. Essa de três meses atrás. Essa onde eu lhe joguei um vaso de plantas, onde gritamos e você fez as malas. Onde eu te mandei ir embora de casa, depois de quatro anos juntos. Essa que eu me arrependi desde o momento em que começou, desde quando você saiu por essa maldita porta que está a minha frente.
Somos orgulhosos o suficiente para não voltar atrás. Não naquele dia. Mas depois de tanto tempo? Você não sabe quantas vezes disquei seu numero no confidencial para ouvir sua voz, e você não atendeu. Nunca estava em casa. Ao menos, era o que parecia. Quantas vezes eu parei, na porta de seu escritório e o porteiro, o simpático, João, me perguntava se não queria subir. Eu negava e ia embora, pedindo para não avisar que tinha aparecido. Porque tem de ser assim? Ontem chorei de novo, da mesma forma que venho chorado nos últimos meses. De saudade. De raiva de mim. De raiva de você por não sair da minha vida eu tentando ou não. De raiva de nós, por sermos idiotas.

Por fim, sabe Lucas, eu to precisando de você. Estou precisando pra caralho, do teu abraço, do teu beijo, da tua risada… Só você me faria bem agora. Mas não irei lhe enviar esta carta. Ah sim, a garrafa de vodka acabou. Mas não irei lhe enviar esta carta, porque tenho de estar mais bêbada para tomar coragem de primeiro, ouvir sua voz. Esperarei mais um pouco para lhe entregar esse pedaço de papel rasgado de um caderno velho, todo manchado de lágrimas. Ele ficará guardado, no fundo falso daquela gaveta, do armário que você construiu, onde eu fiz um desenho a óleo, do nosso primeiro beijo.

Eu te amo.
Alice.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Resenhas: Como funcionará!

Olá! Como vão? Primeiramente, vou explicar como funcionaram as resenhas (livros, filmes e séries). Farei resenhas críticas, que são aquelas onde faço um resumo da obra e depois exponho abertamente a minha opinião. Outra coisa: ninguém, (que por exemplo já leu certo livro), é obrigado a concordar com a minha opinião sobre, então estou disposta para ler o que acharam nos comentários. Para toda resenha haverá uma pontuação e vou deixar a legenda bem clara nesse primeiro post:

Pontuação dos livros:
♥ ♥ ♥ ♥: Ruim  (quase abandonei)
♥ ♥ ♥ ♥ ♥: "Ruinzinho"  (foi quase um sacrifício terminar)
♥ ♥ ♥ ♥ ♥: Razoável  (talvez, esperasse mais)
♥ ♥ ♥ ♥ : Bom!  (Gostei, mas não achei sensacional)
♥ ♥ ♥ ♥ ♥: Ótimo!  (Muitas vezes até excelente)
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ (★): Amei, coloca no favoritos!


Muitas vezes também posso decidir dar notas adicionais, como: capa, narrativa, originalidade, história, personagens, e fazer uma nota geral. Talvez não faça muito, utilize essa nota geral mais para filmes. Gostaria de deixar claro que farei o máximo de resenhas de livros possíveis. Leio muitas sagas, o que torna mais trabalhoso de resenhar. Não sou a pessoa mais rápida para ler, por isso a leitura das indicações talvez demore um pouco, pois também já possuo vários livros na fila! Mas aceito todo tipo de dica, crítica, ou qualquer outra coisa nos comentários. Como algumas pessoas já me falaram "o feedback é o mais importante"

Bem, acho que já esclareci bastante coisa sobre as resenhas. Provavelmente não vão ler um texto muito sério, principalmente quando trata-se das minhas opiniões! Escrever resenha não é fácil, e eu sinceramente, não tenho esse costume. Ainda não. Farei com todo carinho para vocês, porque sei que muita gente tem vontade de ler muito livro que já li, mas tem receio!

É isso aí! Ainda essa semana pretendo deixar uma resenha de um livro (único, sem coleção) para vocês. Eu particularmente gosto bastante dele e acho uma leitura descontraída! Aguardem!

Um beijo da mineira.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Garota encontra garoto.

Garota encontra garoto. O garoto se aproxima e fala do sorriso dela. A garota sorri ainda mais. Os dois conversam durante horas. Namoram por uns 2 ou 3 anos, ficam noivos e decidem se casar. A cerimônia é linda. A casa nova é linda. Aos 30 anos eles tem filhos. Gêmeos. O tempo passa e eles ainda estão lá, sorrindo. De mãos dadas com o garoto, que agora é um senhor, a velha garota fala que o ama e morre. Ele morre de amor e de saudade.

Fácil. O sonho de todas. Não é impossível, mas o que falta? Falta contar às vezes que eles brigaram nos anos de namoro. As discussões bestas, tantas lágrimas que ela derramou. Faltou dizer que ambos sentiram ciumes e tiveram de passar por vários obstáculos para dar certo. Que a paixão inicial não ficou pra sempre, mas o amor sim, e foi ele que fez com que o namoro virasse noivado.
Faltou falar das dificuldades para realizar a cerimônia e para comprar a casa. E as dificuldades para ter os bebês? Talvez problemas na gravidez ou na sala de parto, sem contar o orçamento familiar que teve de ser feito. Faltou falar da tristeza que foi a doença da garota, e como o garoto sofreu. Que apesar de todos os anos e dificuldades em amor e paixão, eles nunca foram realmente embora.

Mas quem liga pros problemas, pras dificuldades, pros obstáculos quando tem alguém ao lado? Quem liga pro valor da conta uma vez ou outra, quando sai pra jantar com quem ama? Quem liga de acordar cedo pra viver uma aventura, abrir mão de algumas baladas para ir em uma comemoração de familia. Abrir mão da vida de solteiro para aprender a curtir à dois? Ignora os comentários dos amigos, ignora tudo pra ficar com o seu amor.

O casal perfeito não existe. A vida perfeita não existe. Mas cada um pode criar a sua perfeição.

Garota encontra garoto. O garoto se aproxima e fala do sorriso dela. A garota sorri ainda mais. E sem pensar nos problemas, e sem complicar, eles fazem de cada momento a perfeição. E o futuro? Tudo é póssivel."

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Chegaê, tem pão de queijo!

Oi, olá, como vão? Eu vou bem. Eu nunca sei como começar uma apresentação. Na verdade, acho que não tive de fazer muitas mas deu pra entender o espírito da coisa.

Meu nome é Brenda Felipe (de Freitas Faria), tenho 17 anos e sou mineira de Belo Horizonte. Amo, definitivamente amo livros. Leio muita ficção, aventura com uma pitada de romance, daquelas que você torce pro casal ficar junto e não morrer. Por outro lado, não tenho paciência pro Nicholas Sparks - mas reconheço sua genialidade. Sou mais de ver e viver o drama do que ler sobre ele. Sou extremamente consumista quando o assunto é livro e cultuo minha estante como um santuário. Também amo filmes e séries, e sinceramente é muito difícil dividir meu tempo entre os três e sair. E dormir.

Gosto de fotografia. Fotografar e ser fotografada. Queria poder fazer um curso e seguir esse ramo mais por hobby mesmo. Poso de bonita o tempo todo, sou aparecida mesmo (em vários sentidos) e pulo na frente das fotos. É fácil achar fotos que eu estraguei por aí. Falo muito, muito mesmo. Dizem que tenho o sotaque muito forte, e direto falo "uai" e trem" Solto uns palavrões de vez em quando e não me orgulho disso. Adoro também música e cantar, eu só não sou boa nisso. Se pudesse escolher um dom, seria o de ter uma voz bonita e menos irritante. Sou baixinha, bem baixinha, mas sou feliz assim <3
Oi gente, como é que "ces" tão?
Me estresso mais fácil do que gostaria e posso ser considerada uma pessoa esforçada quando realmente tenho um objetivo. Tenho mais livros do que consigo ler, vários na fila e só aumentando. E não vou parar de comprá-los e desejá-los. Posso ser mais irritante do que até eu mesma imagino, mas acho que as pessoas se acostumam com o tempo.

Moro com meus pais e meu irmão de 8 anos e nunca mudei de casa. Minha relação com as meninas é engraçada: conheci a Ana por meio de um amigo em comum em 2011 e conversamos desde então. A Má eu conheci por causa do blog. Ela é amiga da Ana e surgiu com a ideia de criar um, fui convidada a entrar, nós nos juntamos e surgiu isso aqui!

Ano que vem vou para o 3º ano do Ensino Médio e não tenho muita ideia do que quero para a minha vida. Aliás, esse é um ótimo tema para falar sobre, se quiserem. O que eu sei é que vou ter de estudar bastante pra conseguir ter uma boa base para qualquer rumo que quiser seguir.

O meu papel no blog beira o estético: fiz o logo e providencio o que consigo para o layout. Mas eu também escrevo! Farei uma parte mais literária, com resenhas de livros e filmes e até escrevendo contos. Pretendo ter outras tags e aceito sugestões. A participação de vocês é de suma importância. Estou disposta a receber críticas e elogios. 

É isso, e aguardem, o blog mal começou mas o que vem por aí, vocês vão amar!

Um beijo da mineira.